terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

turbilhão de emoções


‘’Tem vezes que eu acordo de manhã me perguntando: Onde foi que tudo mudou? Quando foi que as coisas deixaram de fazer sentido e como foi que tu chegou aqui?

Dias que minha cabeça já me acorda atordoando, aloprando, me deixando sem tempo de respirar. E tem dias que eu apenas acordo sem nada em mente a não ser meus movimentos robóticos, fazendo tudo normalmente sem nem ao menos pensar antes de agir.
Esses movimentos robóticos as vezes me fazem sentir tão sub humana, tão insegura e imcompleta que chegam a dar medo.
Sabe quando tu levanta da cama e não sabe o que está afzendo porque o sono tomou conta e você vai apenas caminhando em direção ao banheiro, trocando de roupa e fazendo suas atividades apenas porque sabe que tem que fazer? Porque do contrário teria continuado o dia inteiro na cama, porque não se sente vivo o bastante pra levantar e continuar?
Pois é, hoje é um dia desses(...)’’


Hoje o dia começou como se eu não estivesse no meu próprio corpo. Experiência paranormal? Não, apenas não me sentia em mim. Era como se eu estivesse ainda sobre a minha cama e apenas minha carcaça estivesse indo adiante.
O calor que faz em Porto Alegre só faz a minha mente me remeter a pensamentos que não me são mais viáveis e muito menos dos quais sou dona. Eles não me pertencem mais e mesmo assim, continuam aqui.
Sabe aquela vontade louca que você sente quando está muito quente, de se jogar dentro de uma piscina de gelo? Hoje eu tinha vontade de me jogar dentro de um buraco sem fundo, sem fim, sem nenhum lugar para chegar e ficar lá, caindo pra sempre.
Não sei se é apenas o calor, ou se sou eu que comecei mais uma vez a sair de mim, no sentido claro de começar a fantasiar.
Queria poder acabar com meus pensamentos apenas colocando um dedo sobre minha testa. COMO isso seria bom e útil.
Esse calor que me domina, me fazendo quase crer que estou no inferno, só faz com que eu me sinta cada vez menor, menor no sentido de ações. Não consigo me mexer direito, não consigo falar direito, tudo é dificl, tudo é mais complicado quando o calor toma conta do seu corpo, estou errada?
Além de me sentir assim por culpa do calor, o jeito que eu acordei hoje está contribuindo 100% para que meu humor suma, desapareça, desinfete E que minha mente não pare.
Eu hoje queria acordar como um robô, como aconteceu, mas permanecer o dia todo como um, e não apenas sustentar a mente robotizada nas primeiras horas da manhã.
O que mais me irritou foi ter começado o dia dessa forma, ter feito quase todo meu caminho até a parada de ônibus sem realmente saber o que estava fazendo, talvez fosse o sono, talvez a irritação por estar indo trabalhar em pleno feriado, do que chegar lá e quando colocar o fone do ouvido, cair de cara na realidade. Foi como se o buraco em que eu estava caindo se fechasse e me exprimisse lá dentro, me jogando pra fora ao encontrar o furo. Como se a piscina de gelo tivesse virado lava e me queimasse. Sim, eu realmente me senti assim.
Sabe quando tu espera ouvir qualquer música, qualquer uma mesmo que estivesse tocando no teu aparelho, que não fosse AQUELA música?
Foi aí que meu dia mudou. Jurava que essa música não existia mais no meu MP4, até porque fazia muito tempo que eu não a escutava, fazia muito tempo que não a tinha no meu MP4 e para ser sincera, não me recordo de ter colocado ela de volta. ENFIM, que seja...
Incrível é o jeito como as coisas podem te tocar, como podem fazer com que uma simples música te deixe sem ação e sem respiração ao mesmo tempo. Uma bomba de água gelada, mesmo nesse calorão, deixaria qualquer um estático, da mesma fome que fiquei quando ela tocou.
As coisas simples que tu achas que nunca mais iriam te afetar de uma hora para outra te fazerem parar e congelar? Não pode ser possível certo?
Hora de caminhar com as próprias pernas e não esperar mais pela coragem.
A bola de neve caiu sobre mim e é hora que me aquecer.
O que importa em todo esse texto? Importa que eu senti um turbilhão de coisas em menos de 30 segundos, e foi em mais de meia hora que eu TENTEI descrevê-las.
Agora é que eu pergunto... Como pode sentimento te deixar dessa forma?